Platão

3709 palavras 15 páginas
Notas sobre Filosofia da Mente:

Antigüidade e Idade Média Européias
FLF0367 – Filosofia Geral I – 2005 – Prof. Osvaldo Pessoa Jr.

1. As Opiniões dos Filósofos Precedentes 2. Fédon de Platão 3. De Anima de Aristóteles 4. Intelecto e Universais na Idade Média

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1. As Opiniões dos Filósofos Precedentes
Aristóteles, no De Anima (I.2) (c. 350 a.C.), faz um resumo das teses dos filósofos gregos anteriores a respeito da alma e sua relação com o corpo. [Complementamos esse relato com informações obtidas de MODRAK, 1997]. Tudo aquilo que é animado parece distinguir-se daquilo que é inanimado devido a duas características principais: o movimento e a sensação. Mais tarde, Aristóteles mencionará também a incorporeidade. Se a alma (em grego: psyche) move outras coisas, então ela deve estar em movimento. Leucipo de Mileto (floresceu em torno de 435 a.C.) e Demócrito de Abdera (410 a.C.) fundaram a escola atomista, cuja posição em relação à alma é hoje chamada de “materialista”. Demócrito declarou que a alma é como o fogo, ou seja, os átomos da alma são como os do fogo: finos e esféricos. Assim, conseguem atravessar todos os meios para imprimir movimento. A respiração era vista como essencial para manter os átomos da alma em movimento, dentro do corpo animal. [A alma se manteria unida devido ao corpo; quando este se desintegra na morte, a alma também se desintegraria.] Pitágoras de Samos (520 a.C.) e sua escola, para os quais tudo seria feito de números, impressionavam-se com o movimento incessante da poeira suspensa no ar (à semelhança dos atomistas). Por conta disso, ali haveria alma. Todo movimento se origina de um movente, que é a alma. A alma se moveria a si mesma. [Os pitagóricos também difundiram a concepção, possivelmente originária da Babilônia, da “metempsicose” ou transmigração da alma, ou seja, na morte a alma migraria para outro corpo, tese defendida também por Empédocles.] Para Anaxágoras de Clazômenas (445 a.C.), tutor de Péricles em Atenas, o

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