Platão
Em relação às formas de governo, o filósofo traça uma comparação sobre o funcionamento de uma cidade e o seu governante. Nas cidades comandadas por um regime tirânico, é possível perceber uma grande quantidade de escravos e uma mínima porção de homens livres. O homem tirano também é assim, pois ele se torna escravo de seus desejos e é obrigado a controlar a população para tentar conseguir realizá-los. Platão descreve o tirano como o mais infeliz dos homens e assim o descreve por ele não ter liberdade (não pode sair da cidade) e sempre ter que viver com a sensação de medo de uma possível revolta da população. O tirano também é descrito como um ser que nunca conhecerá prazeres verdadeiros já que é incapaz de realizar completamente seus desejos.
A democracia também não seria o regime perfeito para Platão e seria superior somente quando comparada a tirania. A ineficácia desse sistema aconteceria pelas pessoas que o governa, porque elas ao invés de pensarem no bem comum, acabam governando para si mesmas. Platão discute se todas as pessoas são capazes de governar e defende a ideia de que o correto seria uma cidade ser administrada por um filósofo, pois ele como um ser dominado pela razão seria capaz de conduzir uma cidade de forma justa.
O Brasil apesar de se classificar como uma democracia, o seu estilo de governo acaba tendendo para a tirania. Os governantes conduzem o país de acordo com o seu interesse, ignorando as necessidades mais básicas da população. Torna-se cada vez mais comum casos de denuncias de desvio de dinheiro público.