PLATÃO E EDUCAÇÃO - RESUMO
Diálogo, Dialética e Educação
Para falar sobre Platão e a educação vale ressaltar os diálogos, não os diálogos propriamente ditos, mas os diálogos como gênero literário. Também é preciso diferenciar diálogo escrito de dialética. Porque segundo Platão, nem todo diálogo desenvolve-se de forma dialética. Os primeiros diálogos de Platão parecem refletir diretamente alguns problemas do contexto social e histórico. Um deles consiste em saber qual o lugar do logos na cidade, pois os gregos, ao inventarem o diálogo e a democracia, a retórica e a lógica, não estavam livres de mal entendidos dos discursos falsos. Platão dá-se conta de que, entre logos, a verdades e as coisas, o diálogo assume uma dimensão pedagógica admirável. Usando os seus diálogos como estratégia para atingir a verdade. Seu objetivo principal é superar os conflitos morais e políticos da Cidade sendo essencialmente educacional, tendo a arete, ou virtude, como a última etapa do diálogo.
A VIRTUDE OU EXCELÊNCIA HUMANA EM EDUCAÇÃO
Dentre os conceitos principais da filosofia platônica, pode-se destacar a arete, termo que carrega grande força semântica que sustenta o processo de formação da cultura grega. Em seus diálogos Ménon e Protágoras, Plantão pergunta: A virtude, a excelência, a qualidade pode ou não pode ser ensinada? Essa questão é respondida positivamente por Protágoras e negativamente por Sócrates. Para eles, as questões filosóficas que envolvem a compreensão e a possibilidade de se ensinar a arete estão ligadas aos problemas do uno e do múltiplo; as relações entre o mundo das ideias e o sensível. O objetivo principal do conhecimento e da educação platônica consiste em alcançar a excelência humana, os valores morais e políticos. Mesmo com a dificuldade de definição da arete a proposta platônica é válida até hoje e com isso vem duas perguntas: O que se entende por educação? E se é possível educar? Essas perguntas podem substituir a tentativa de resposta para a