Platinium bikes
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São Paulo - Nesta segunda, a americana United Healthcare comprou o controle da operadora de saúde Amil por 6,5 bilhões de reais, maior desembolso já feito pela operadora fora dos Estados Unidos. Embora os hospitais sejam considerados serviços essenciais pelo governo, o que supostamente impediria que o controle dessas instituições fosse assumido por um grupo estrangeiro, a Amil sustenta que a própria Advocacia Geral da União (AGU) já teria enxergado uma brecha na legislação para assuntos desta natureza.A Agência teria dado sua bênção na época do IPO da empresa, em 2007. "Quando você tem operadora de saúde com hospitais em um sistema verticalizado, [a compra do grupo] não caracteriza um investimento em hospitais e sim em saúde", afirmou Erwin Kleuser, diretor corporativo e de relações com investidores da Amil. Hoje, cerca de 90% das ações da empresa em bolsa pertencem a estrangeiros.
Nos próximos meses, a United fará uma oferta pública para fechar o capital da Amil no país, o que deverá ocorrer até o primeiro trimestre de 2013. A aquisição, no entanto, ainda precisa ser aprovada pela Agência Nacional de Saúde, que deverá receber a documentação da operação até amanhã.
Paquera
Segundo Edson Bueno, diretor-presidente e fundador da Amil, o flerte entre as companhias não vem de hoje: a iniciativa teria partido da United há três anos. Embora tenha mostrado certa resistência no começo das conversas, o executivo afirmou que, com o tempo, elas evoluíram para um "namoro mais quente".
Do lado da United, a compra da Amil representa a oportunidade de entender um setor com alto potencial de crescimento sob a perspectiva da maior operadora do país, com 5,9 milhões de clientes.
Embora o Brasil fique apenas atrás dos Estados Unidos quando o assunto é o tamanho do mercado privado de saúde, a adesão dos segurados ainda engatinha por aqui: 25% da população conta com plano de saúde, contra um percentual de aproximadamente 80% nos Estados Unidos.
O país tampouco conta com uma