Platao e os primordio da estetica
Quando se fala em imitação da natureza, no contexto artístico, logo nos vêm à mente os seis primeiros capítulos da Poética de Aristóteles 1 (1447-1450b). Observe-se, porém, que a expressão que resume a Teoria da Mimese provém de uma sentença da Física: “Em resumo, a arte ou completa o processo que a natureza é incapaz de fazer inteiramente ou imita a natureza”. Em suma, como assinalou Benedito Nunes: “Se as coisas naturais refletem os modelos eternos a que estão subsumidas – modelos que só da verdade dependem – a téchne, a arte, consegue apenas, imitando aquilo que já é imitação, produzir cópia de cópias.Os argumentos apresentados servem de base para o julgamento e condenação de Homero e dos poetas trágicos: “Sendo assim, firmemos desde logo este ponto: todos os poetas, a começar por Homero, não passam de imitadores de simulacros da virtude e de tudo o que mais constitui objeto de suas composições, sem nunca atingirem a verdade ...” (600e) Platão nos alvores da Crítica de Arte, vislumbrou a possibilidade de uma crítica fundada na Filosofia e nisso ele foi coerente.O tema geral e o começo do discurso é mais ou menos o seguinte: Depois da tomada de Troia, conta-se na minha história que Neoptólemo perguntou a Nestor quais seriam as ocupações mais indicadas para o jovem que almejasse alcançar fama. Ao retirar-me da reunião, sentime irritado e formulei censuras contra mim mesmo, tendo firmado