Plataforma continental
Entende-se por plataforma continental um planalto submerso presente no litoral de todos os continentes, considera-se que ela seja extensão continental, ou seja, é parte da crosta continental submersa. Topograficamente, apresenta-se como uma superfície quase plana – há interrupções topográficas dadas pela construção de recifes, atóis - com declives pouco acentuados que podem chegar a 200 m, esse declive acaba por dar origem ao talude continental. O surgimento desses planaltos gera discussões, mas a hipótese mais aceita é a de que eles teriam sido originados por efeito da erosão das vagas, nas bordas litorâneas e o seu consecutivo desgaste. Quanto a sua evolução, acredita-se que cerca de 18.000 anos atrás, durante o auge da era do gelo do Pleistoceno, muito do que é agora uma plataforma continental foi realmente acima da água.
É também caracterizada pela existência de golfos e mares pouco profundos, nascendo na costa dos terrenos e indo terminar suavemente, e com pequena inclinação na área chamada talude continental.
Os oceanos apresentam áreas de plataforma continental variadas:
Área da Plataforma Continental (x106 km2) Oceano Pacífico Oceano Atlântico Oceano Índico 2.712 (1,6%)
6.080 (7,9%)
2.622 (3,6%)
A maior plataforma do mundo é a Plataforma Siberiana no Ártico, que mede em alguns lugares até 1.500 km de largura. Contudo, em algumas regiões próximas das zonas de subdução a plataforma continental é quase inexistente.
A plataforma continental tem grande importância política e juridicamente, pois os países atualmente tem como objetivo, incorporar as áreas de plataforma continental, com o intuito de que estas façam parte do bordo exterior dos continentes; e não como região continental marinha, pois sendo assim essas áreas não oferecerão perigo às embarcações.
É importante adiantar que grande parte da pesca mundial se realiza nesta zona, e é nela que se encontra a quarta parte da produção mundial de petróleo e gás