Plantão psicológico nas organizaçoes
A história do Plantão Psicológico foi construída a partir de uma relação com a teoria centrada na pessoa de Rogers. Segundo Mahfoud (1987) citado por Paparelli e Nogueira-Martins (2007, p. 66) “Os trabalhos publicados que referenciam o desenvolvimento da atividade em plantão psicológico são, via de regra, realizados na abordagem centrada no cliente. Contudo, é um tipo de atividade que pode também ser promovido em outras abordagens.”. Paparelli e Nogueira-Martins afirmam ainda que independente da abordagem seguida pelo conselheiro-psicólogo, o trabalho no plantão exige deste um posicionamento pessoal, ético, político, social e Profissional que favoreça a relação com o cliente, condição esta, de postura imediata, que o psicólogo encontrará não apenas no trabalho de Plantão Psicológico, mas em boa parte de suas atuações profissionais
As equipes de plantonistas têm como referencial teórico a Abordagem Centrada na
Pessoa. Esta abordagem parte do pressuposto de que há no ser humano vastos recursos para alcançar o crescimento, definido por Carl Rogers como Tendência Atualizante.
Estes recursos podem ser ativados se houver um clima facilitador, o que exige do estagiário a assunção de três atitudes essenciais: Consideração Positiva Incondicional,
Compreensão Empática e Autenticidade. Entendemos que esta abordagem é a que mais se aproxima dos objetivos do Plantão Psicológico, pela forma como aborda a relação de ajuda, mantendo uma postura não diretiva, o que permite que o cliente se aproprie de seu potencial.
O plantão psicológico baseia-se no modelo de aconselhamento psicológico proposto por Carl Rogers, o qual, inicialmente, esteve atrelado ao exame da personalidade por meio dos testes psicológicos2. No entanto, Rogers, a partir de sua prática, começa a questionar esse modelo de aconselhamento e propõe uma mudança de perspectiva, passando a dar importância ao cliente e não ao problema, à relação e não ao instrumental de