Plantas
09/03/2010 - Maria Theresa Santos de Luna
Maria Theresa Santos De Luna¹
A escola tem como objetivo basilar promover o desenvolvimento humano quando garante o acesso e a permanência das crianças e jovens. Entretanto não é esta a realidade que vemos no Brasil, pois a miséria está tão caracterizada que as pesquisas constantemente afirmam que a educação não é uma prioridade nos grupos sociais mais pobres. A prioridade para esses grupos é a sobrevivência. O escritor e economista César Benjamim refere-se a essa situação de miséria que corrompe principalmente a educação brasileira com o seguinte discurso:
“É um crime contra o Brasil. O maior patrimônio de um país é seu próprio povo, e o maior patrimônio de um povo é a sua cultura. A cultura lhe permite expressas melhor conceitos e sentimentos, conhecer bem a língua que fala, reconhecer sua identidade, ampliar seu horizonte de direitos, aumentar sua capacidade de organização, comunicar-se melhor consigo e com outros povos, aprender novas técnicas, ter acesso ao que de melhor a humanidade produziu na ciência e na arte”(Caros Amigos; Jan. 2005, p. 15)
A miséria no país é uma das principais causas do analfabetismo pois ela é a alavanca que impulsiona o desinteresse pelo aprender. Pela necessidade do trabalho as crianças são retiradas da escola para buscarem a sobrevivência não apenas sua mas, de toda a sua família, essa sobrevivência é alcançada por esses pequenos discentes forçando-os a emigrar das escolas para ficarem nas estradas mendigando, ou até mesmo trabalhando, e se submetendo aos rendimentos irrisórios que são destinados aos menores de idade. Na zona rural as crianças são destinadas desde bem pequenas ao trabalho na roça, aos afazeres domésticos e a criação de seus irmãos menores. Quando trabalhamos com estudantes da zona rural, não importa de qual região deste imenso país, constantemente nos deparamos com trabalhadores