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Iniciadas em 1991, com a USIMINAS, as características principais dos modelos de privatizações e concessões utilizados durante os Governos Collor, Itamar e FHC de 1991-2002 no Brasil, pode ser sintetizado:
- alienações com perdas totais da titularidade do capital de cada empresa estatal do setor produtivo (siderurgia, petroquímica, fertilizantes, celulose, etc.);
- sem quaisquer compromissos com investimentos aos novos controladores das ex-estatais, o que desmente um dos principais argumentos em defesa das privatizações: a escassez de recursos do Tesouro Nacional para viabilizar investimentos das estatais exigia privatizá-las;
- completa liberdade para formação de preços, tarifas e lucros pós-privatizações e concessões, ao contrário do controle de preços, de investimentos, de dispêndios, exercidos pelo CIP – Conselho Interministerial de Preços – e pela SEST – Secretaria Especial de Controle das Empresas Estatais – antes das privatizações;
- permissão de uso de moedas podres (títulos públicos a vencer, mas aceitos pelo valor de face), modelo de benefícios de grupos privados que foi adotado pelo Governo Collor, modificado pelo Governo Itamar, que realizou poucas privatizações, mas exigiu recursos financeiros dos investidores nos leilões realizados e novamente, à semelhança do Governo Collor, o modelo de privatização voltou a ser usado pelo Governo FHC;
- metodologia para avaliar cada empresa estatal a ser privatizada sempre resultava em subavaliações do valor real de ativos de cada empresa estatal, devido a projeções de fluxos de caixa para cálculo do valor presente através de falsas hipóteses: menores receitas, de maiores custo, com mão de obra pós-privatizações, bem como omissão ou desconsideração de ativos de alto valor (exemplo: minas com alto teor de ferro da VALE em Minas Gerais foram considerados exauridos sem qualquer valor, mas voltaram a ser exploradas pouco depois da privatização e consideradas úteis para mais 500