Plantas daninhas
A cultura da cana-de-açúcar destaca-se entre as mais importantes do Brasil, produzindo matéria-prima para a indústria sucroalcooleira e co-geração de energia elétrica. A partir da década de 70, esta cultura se tornou importante para o país na medida em que este setor da agroindústria brasileira foi solicitado a contribuir para a solução da emergente crise energética, frente a sua potencialidade de produzir energia a partir de uma fonte renovável (Kuva, 1999; Bayer, 2000; Azania, 2004). O programa do álcool (Proalcool), por intermédio de incentivos que iam desde a instalação de destilarias até o crédito agrícola diferenciado para quem quisesse se tornar produtor de cana-de-açúcar, impulsionou o desenvolvimento de algumas regiões no Estado de São Paulo, notadamente as regiões de Ribeirão Preto, Araraquara, Piracicaba, Limeira, Barra Bonita e Oeste Paulista (Lopes, 1996). A interferência negativa imposta pela presença das plantas daninhas que infestam as áreas cultivadas é um dos pontos mais críticos no processo produtivo da cana-de-açúcar. Essas plantas podem competir por recursos limitantes do meio (principalmente água, luz e nutrientes), liberar substâncias alelopáticas e assim inibir a brotação da cana-de-açúcar, hospedar pragas e doenças comuns à cultura ou, ainda, interferir no rendimento da colheita (Pitelli 1985). A presença de um ou mais destes componentes de interferência negativa poderá causar reduções na quantidade e qualidade da cana-de-açúcar colhida, além de diminuir o número de corte é economicamente viáveis (Lorenzi, 1988).
É importante lembrar que a interferência é um fenômeno recíproco, ou seja, a própria cultura tem certa capacidade de limitar o desenvolvimento das plantas daninhas. A determinação da época e extensão dos períodos de convivência tolerados pela cultura obtidos estudando-se os períodos críticos de interferência. Os períodos críticos de interferência das plantas daninha são três, e foram denominados por Pitelli e