planos sarney
Primeiro plano de estabilização econômica da Nova República. Criado pelo ministro de José Sarney, Dílson Funaro inaugurou a era das intervenções heterodoxas na economia brasileira.
O plano Cruzado, divulgado em 28 de fevereiro, surpreendeu a população. As principais medidas adotadas pelo Decreto lei 2284 foram:
Extinção do cruzeiro e sua substituição pelo cruzado
Extinção parcial da correção monetária, mantida para poupança, FGTS, PIS e para prazos superiores a um ano.
Substituição das ORTNs pelas OTNs, com valor congelado até março de 1987.
Depreciação das obrigações firmadas em cruzeiros, à exceção dos impostos, à razão de 1,0045% ao dia, com uma tablita.
Congelamento de aluguéis e prestações do SFH por um ano
Congelamento de preços aos níveis de 18 de fevereiro e instituição do povo como agente fiscalizador, os “fiscais” do Sarney.
Correção dos salários segundo o salário médio dos últimos seis meses, com um abono de 15% para o primeiro e 8% para os demais. Correção anual, vedada a reposição. Escala móvel de salário com “gatilho” disparando com inflação igual ou superior a 20%%.
Criação do seguro desemprego pagável por quatro meses.
Caderneta de poupança retorno à correção trimestral.
Estabilidade da taxa cambial.
Substituição do IPCA pelo IPC no cálculo da inflação.
Na área social foram definidos programas de distribuição de leite, merenda e medicamentos. O pacote foi aprovado ás pressas e seus efeitos, aliados à seca no Centro Sul elevaram as expectativas de inflação para 1986. A inflação que havia atingido 220% em 1985, sinalizava mudança de patamar para em torno de 350 a 400%%.
Os primeiros dois meses do plano foram de sucesso absoluto. Em março, pela primeira vez na história foi registrada uma deflação, de 0,11% medida pelo IPC.
O congelamento teve forte apoio popular, porém só funcionou no caso de produtos básicos. Nas demais mercadorias e nos serviços as variações continuaram a ocorrer. No tocante aos