Plano verao
Apesar disso, o fato de o Plano Verão de 1989 ter sido antecedido pelo Cruzado e Bresser não foi suficiente para fazer com que ele não se tornasse um dos planos com piores consequências para a economia brasileira na história do país. No início da década de 1990, com o fracasso do Plano, a economia brasileira vivenciou a hiperinflação. Antes disso, a inflação já era alta, impulsionada pelo acúmulo da dívida externa nos anos 70, o Segundo Choque do Petróleo, o choque de juros e junto a isso a suspensão de financiamentos externos desde 1982. Porém é no momento em questão que a situação foge do controle. A taxa de inflação chega a 56% em janeiro de 1990, 73% em fevereiro e 84% em março, números impraticáveis na economia atual.
Em 1988, Maílson da Nóbrega, o quarto e último ministro da Fazenda do governo Sarney, referiu-se às ações futuras como “feijão com arroz”, querendo dizer que nada inovador seria tentado, tendo como objetivo estabilizar a inflação em 15% a.m. e concomitantemente reduzir o déficit operacional do governo de 8% do PIB para 4%, sem sucesso. Um ano depois, em 1989, instaurou o Plano Verão, que englobava, entre outras medidas, um novo congelamento de preços e salários, a criação do Cruzado Novo, a contenção