Das várias modernidades emergidas na contemporâneidade o neoliberalismo se destaca, pois, o seu projeto de pretensão universal, um Imperium Mundi como diz Marcos Del Roio e o que carrega imanente a este a maior agressividade e barbarie de todos os projetos do ocidente. A sua institucionalização no pós-crise, era de ouro, na terminologia de Eric Hobsbawm , deve-se a uma agressiva ofensiva que articulava um bloco histórico que associava, globalização, reestruturação produtiva, e o neoliberalismo. Este emerge no contexto de uma fase regressiva a partir da crise do Welfare State, do ‘‘socialismo real’’ e na periferia com a crise do modelo de ‘‘modernização acelerada’’. Dentre estes analisaremos a emergencia do neoliberalismo em um dos países da periferia, o Brasil, perscrutando como o neoliberalismo carrega um aspecto regressivo socialmente e culturalmente nos lugares onde este foi implantado, neste caso na correlação de forças específica do Brasil dos anos 90. O estado desenvolvimentista n fim dos anos 80 vinha dando seus ultimos suspiros (desde a ultima tentativa de sava-lo com o plano cruzado) com uma crise econômica, inflacionaria, que a burguêsia não conseguia superar. Além disso a crise social vinda da falta de hegemonia pelo conflito no bloco do poder vai gerar desde o governo Sarney uma serie de conflitos entre a burguesia que perduraram ate o governo FHC. Pois, ate então haviam dois motivos principais para estes conflitos: 1) O fisiologismo partidario que impedia uma direção mais centralizada nos partidos burguêses (o que propicia em parte a eleição de Fernando Collor de Melo); 2) Os conflitos com relação a implantação do neoliberalismo entre os grupos pertencentes ao bloco no poder, já que, a desregulamentação do mundo do trabalho interessava a todos, as privatizações ao grande capital industrial e financeiro e em um circulo mais circunscrito a questão da abertura comercial de interesse do capital financeiro ( relação que é desenvolvida por Armando