Plano haussman
Haussmann e a reforma de Paris Em meio ao debate sobre a cidade industrial, enquanto se opunham os ideais utópicos ecientíficos dos socialistas, na França era posta em prática a efetiva reforma da cidade. Ali nãoteria havido muito tempo dedicado às idéias nem tampouco teria se cogitado organizar a
Forma conteúdo fora de seu núcleo original como haviam proposto os primeiros socialistas.Na “Babilônia do Sena”, cujo número de habitantes havia chegado a um milhão em meadosdo século XIX tornando-a a terceira cidade da Europa, depois de Roma antiga e da modernaLondres (SCHNEIDER; 1962: 191), a coordenação de interesses entre os grupos dominantes– empresários e proprietários –
Logo estabeleceu um “novo modelo de cidade” a ser posto emprática sobre seu próprio território.Na França o resultado da contraditória união dos efeitos produzidos pelo pensamentoesquerdista de Marx e do abandono da tese liberal com o retorno do Estado interventor sob ocomando de Napoleão III resultou na reforma de grande parte da cidade de Paris inserindo-a no modelo de progresso desejado desde os primórdios da Modernidade(MORAES, 2003: 200- 205). Segundo Delle Donne (1983: 27) a expansão da industrialização juntamente com osfenômenos de desagregação social e de revolta latente teriam posto claramente à vista quemudança social e integração não caminhavam paralelamente como o Iluminismo haviateorizado. Este descompasso entre teoria e prática teria então tornado importante a procura de medidas capazes de impedir a ameaçante explosão social.
Para Benévolo (2001, p.182) o fato de ter se tratado de um momento de revisão ideológica em que eram contrapostas as reformas setoriais - elaboradas pelos socialistas utópicos - e aproposta marxista de revolução social, foi um dos principais fatores determinantes dodeslocamento do debate político deixando de lado os vínculos tradicionais com a técnicaurbanística. Este fato somado ao poder do Estado pós-liberal teria então unido os elementos necessários