Plano Diretor - Arnaldo Gladosh
GIANA FLORES DA ROCHA E VÍTOR FRUHAUF _ PROFESSORA WRANA PANIZZI
DECIFRANDO AS IDEIAS E
DOUTRINAS QUE FUNDAMENTARAM
O TRABALHO DO ARQUITETO
ARNALDO GLADOSCH
Na década de 1930, o prefeito da época José
Loureiro da Silva projetou grandes obras viárias para marcar seu governo.
“Loureiro da Silva, colocado na chefia do
Poder Executivo pela ditadura de 1937, aproveitando a oportunidade de uma época discricionária, Realiza rapidamente grandes desapropriações necessárias que em outra ocasião teria sido impossível”
De outubro de 1937 a maio de 1939, Loureiro desapropriou 154 propriedades para a construção da avenida Farrapos e mais 54 prédios para outras obras.
Foi assim que em 1938 o arquiteto Arnaldo
Gladosch foi contratado para elaborar um conjunto de propostas para orientar e articular as obras planejadas.
Formou-se o Conselho do Plano Diretor, composto por representantes dos proprietários de imóveis, da indústria e do comércio, do Rotary Club, da imprensa, órgãos do nível estadual, da Universidade, das Sociedades de Engenharia e de
Medicina, da Viação Férrea do RS, da
Inspetoria Federal de Estradas e da 3º
Região Militar
O principal documento elaborado pelo
Conselho do Plano Diretor é intitulado “Um
Plano de Urbanização”
No entanto, Nygaard não se focou em estudar este documento, e sim as transcrições das atas dos encontros do
Conselho para a elaboração do mesmo.
Através das atas, procurou identificar os condicionantes ideológicos do arquiteto
Arnaldo Gladosch contidas no Anteprojeto do plano de Porto Alegre.
O Anteprojeto, ou o Pré-plano, visa a elaboração de um esboço apriorístico, sem o apoio em dados precisos, apoiado somente na experiência prévia técnicocientista
(Concepção de Edvaldo Pereira Paiva)
No estudo das atas, é possível identificar teses positivistas e do urbanismo modernista no trabalho de Gladosch.
No entanto, nem sempre foi possível