Plano de negocio
O artigo que se apresenta, tem por objetivos discorrer sobre as principais características da relação entre ciência, tecnologia e economia tanto num período histórico marcado pela primeira revolução industrial, quanto naquele que se segue após a segunda revolução industrial. Portanto, defende-se a hipótese de que a distinção fundamental entre estes dois períodos históricos é justamente o fato de que ora a técnica precedeu a ciência e ora a ciência precedeu a técnica. Tal como se verá a seguir.
O padrão do progresso tecnológico ou o relacionamento entre ciência e tecnologia presente na segunda revolução industrial foi qualitativamente diferente do verificado quando da primeira revolução industrial. Comecemos, pois, com a caracterização deste padrão durante a primeira revolução.
As principais inovações introduzidas pela primeira revolução industrial, diziam respeito principalmente à criação da máquina a vapor, a qual difundiu-se da indústria aos transportes, revolucionando o funcionamento de todo o conjunto da economia.
No contexto da primeira revolução industrial, o progresso técnico era desenvolvido através da precedência da técnica sobre a ciência. Ou seja, a observação empírica determinava a criação das inovações. Um exemplo clássico, que é citado tanto por Landes (1969) quanto por Freeman (1974) é o da influência que a máquina a vapor teve sobre a criação da teoria termodinâmica. Assim sendo, a produção tinha de “confiar num empirismo talentoso” (Landes, 1969).
Contudo, esta relação de precedência da técnica sobre a ciência inerente à lógica da primeira revolução industrial após seu pleno desenvolvimento encontrava o esgotamento de suas possibilidades. Dessa forma, a introdução de novas máquinas, baseadas nessa relação entre tecnologia e ciência, não mais garantiam rendimentos suficientes para permitir a cobertura dos custos de sua compra. O