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O pensamento racional (que no século V a.C. passou se chamar Filosofia) tem data e local de nascimento: surge na Grécia no século VII a.C tendo como fundador Tales de Mileto, cujas principais indagações eram sobre o surgimento do mundo (cosmologia) e o "que é o ser?" (ontologia).
Os primeiros filósofos, chamados pré-socráticos (pois viveram antes de Sócrates), não tinham como preocupação principal o conhecimento enquanto conhecimento.
Assim, não indagavam se podemos ou não conhecer o Ser.
Simplesmente partiam da pressuposição de que o podemos conhecer, pois a verdade, sendoaletheia, isto é, presença e manifestação das coisas para os nossos sentidos e para o nosso pensamento, significa que o Ser está manifesto e presente para nós e, portanto, nós o podemos conhecer.
lguns exemplos indicam a existência da preocupação dos primeiros filósofos com o conhecimento e, aqui, tomaremos três:
Heráclito de Éfeso,
Parmênides de Eléia e
Demócrito de Abdera.
Heráclito de Éfeso, o filósofo pré-socrático do devir (vir a ser; tornar-se), considerava a Natureza (o mundo, a realidade) como um "fluxo perpétuo", o escoamento contínuo dos seres em mudança perpétua.
Dizia: "Não podemos banhar-nos duas vezes no mesmo rio, porque as águas nunca são as mesmas e nós nunca somos os mesmos".
Parmênides de Eléia, conhecido como fundador da Metafísica (o estudo do ser, ontologia), colocava-se na posição oposta à de Heráclito.
Dizia que só podemos pensar sobre aquilo que permanece sempre idêntico a si mesmo, isto é, o pensamento não pode pensar sobre as coisas que são e não são, que ora são de um modo e ora são de outro, que são contrárias a si mesmas e contraditórias.
O ser é, o não-ser não é.
Demócrito de Abdera desenvolveu uma teoria sobre o Ser ou sobre a Natureza conhecida com o nome de atomismo: a realidade é constituída por átomos.
A palavra átomo tem origem grega e significa: o que não pode ser cortado ou dividido,