plano de negocio
Este trabalho contrasta diferentes acordos bilaterais de comércio envolvendo o Brasil e cada uma das demais economias que compõem o BRICS : China, Índia, Rússia e África do Sul. Cenários de liberalização bilateral são simulados supondo uma estrutura de mercado em concorrência perfeita, utilizando-se o modelo de equilíbrio geral computável GTAP (Global Trade Analysis Project). Impactos alocativos são descritos para a economia brasileira como uma forma de prever os mais relevantes efeitos de curto prazo em nível macro e microeconômico. São apontados os vencedores e perdedores para 57 setores da economia brasileira, sob cada cenário alternativo simulado. A emergência da China como um parceiro comercial importante é confirmada pelos resultados das simulações. Os termos de troca da economia brasileira são significativamente alterados no caso de acordos bilaterais envolvendo Brasil e Índia, assim como Brasil e Rússia, apesar dos baixos níveis de comércio bilateral verificados na atualidade. Efeitos realocativos são mais modestos no caso de um acordo bilateral envolvendo Brasil e África do Sul.
A atual emergência da Ásia como o mais dinâmico pólo de crescimento econômico e comercial criou uma nova perspectiva para a geografia econômica global e para as relações políticas e comerciais em geral. Uma dimensão importante deste novo paradigma é a influência progressiva dos chamados BRICS, um grupo de países em desenvolvimento inicialmente composto por Brasil, Rússia, Índia e China, que depois passou a incluir a África do Sul.
O recente bom desempenho econômico dos países do BRICS, aliado ao tamanho destas economias e a indicadores macroeconômicos estáveis, atraiu a atenção da comunidade internacional e, como conseqüência, qualificou este grupo de países como candidato natural a assumir uma posição de liderança na governança global em um futuro próximo.
O notável crescimento atingido pelas economias do BRICS durante a última década também fez crescer a