Plano de metas jk
Na década de 50, pouco antes do período do Governo de Juscelino Kubitscheck, a Comissão Econômica para a América Latina – CEPAL, realizou um abrangente estudo sobre os paises sub-desenvolvidos da Região, mapeando os principais aspectos que diferenciavam os paises ricos dos pobres.
Deste diagnóstico pode-se concluir que o sub-desenvolvimento era fruto; das trocas desiguais realizadas entre os paises pobres e ricos e do mercado interno pouco desenvolvido.
Estudos precursores na década de 40 e no período de 1951 à 1953, ainda no Governo Vargas, realizados por uma Comissão Mista Brasil – Estados Unidos da América, já apresentavam os entraves do crescimento econômico do país. A CEPAL assim como o Banco de Desenvolvimento Econômico ( BNDE ) indicavam os pontos de estrangulamento da economia brasileira, tratando-os como setores críticos que impediam um adequado funcionamento da economia.
O Brasil a aquela época, um país que tinha a sua economia sustentada em bens primários, uma agricultura pouco desenvolvida e centrada principalmente no cultivo, produção e exportação de café, produto este que perdia valor no mercado externo.
A partir desta constatação, surge o Plano de Metas, resultado da analise pragmática do capitalismo brasileiro, que visava uma mudança substancial na estrutura produtiva do pais, deslocando o eixo da economia para a produção de bens duráveis.
O Plano de Metas, esboçado um pouco antes da posse de JK, por uma equipe do BNDE, procurava superar estes obstáculos estruturais. A principal característica deste Plano, é que as metas deveriam ser estabelecidas e implementadas de forma harmônica entre si, de modo que os investimentos em uma área refletissem positivamente de forma dinâmica nas outras.
Destacados economistas dentre eles Celso Furtado e Aníbal Pinto, além de outros como Jose Serra, Conceição Tavares e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, participaram desta formulação.