Plano de carreira
Ele é um dos maiores luxos do mundo moderno. Aprenda a identificar como o tempo é desperdiçado no cotidiano e saiba que medidas adotar para viver melhor, e sem culpa, no trabalho e na vida pessoal por Eliane Lobato
Fazer exercícios físicos é uma das clássicas resoluções de Ano-Novo. De olho no verão, e após a fartura das festas de Natal e Réveillon, o mais comum é ouvir (e fazer) promessas de perder as gordurinhas e entrar em forma para melhorar a saúde e a autoestima. Embora, em tese, a ginástica figure como prioridade na agenda, costuma ser a primeira atividade cortada na correria do dia-adia. Falta de tempo é a desculpa mais comum. É o cansaço do trabalho, o resfriado do filho, o encontro com os amigos, tudo vira justificativa para não suar a camisa. Tempo é, muitas vezes, uma questão psicológica. É uma opção que fazemos até inconscientemente. Nem sempre a escassez de horas, algo de que nos queixamos tanto, é uma questão física. Pode ser uma "realidade psicológica", termo usado pelo professor Hilário Franco Júnior no livro O ano 1000, no qual lembra que o tempo não passa na mesma velocidade para todas as pessoas em todas as circunstâncias. Saber disso, porém, não alivia a angústia de chegar ao fim do dia, do mês ou do ano e constatar que não deu à família a atenção que devia, não fez aquele MBA tão importante, não viajou para a sonhada ilha paradisíaca, não viu os filhos crescerem, etc. Tempo, como disse o sociólogo italiano Domenico De Masi, é um dos maiores luxos do século XXI. E há maneiras de usufruir melhor dele.
Autor do livro O ócio criativo, De Masi prega algo que a consultora de marketing pessoal Maura Cruz Xerfan, do Laboratório de Ideias, diz estar cada vez mais raro: "O ócio está sendo banido. Falta tempo para ele", afirma. É hora, portanto, de buscar alternativas e novas maneiras para viver melhor. Se não for possível tirar férias prolongadas, a consultora sugere reservar pelo menos 20