PLANO DE AULA
Nos últimos dias os brasileiros ficaram impactados com as notícias divulgadas nos grandes jornais e telejornais sobre o uso abusivo de agrotóxicos em quantidades acima do permitido na produção de itens de grande consumo popular como o pimentão, o morango, a batata, o tomate a alface entre outros.
Para que nosso leitor possa entender o problema, os ministérios da Agricultura e da Saúde autorizam o uso de determinados produtos em lavouras em quantidades limitadas, dependendo dos produtos e da lavoura, para que não prejudiquem a saúde dos consumidores, dos trabalhadores e do meio ambiente.
Na semana passada, a ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, órgão ligado ao Ministério da Saúde, divulgou os resultados do Programa de Acompanhamento de Resíduos Agrotóxicos em Alimentos (PARA) que analisa, em parceria com os governos estaduais, a presença de defensivos agrícolas usados em 20 produtos.
Infelizmente, o Estado de São Paulo ficou mais uma vez fora das análises, pois o governo tucano nega-se a participar alegando que já faz análises por sua própria conta. Na verdade, a Vigilância Sanitária de São Paulo analisa somente três produtos: arroz, feijão e laranja e de forma esporádica.
Na mesma linha, a Proteste, entidade de defesa dos direitos do consumidor, analisou em setembro amostras de uva, pimentões, alface e couves e encontrou vestígios de pesticida em 63% das amostras de uva adquiridas em supermercados da capital paulista, além do uso de agrotóxicos não permitidos para este tipo de lavoura.
As análises da ANVISA mostraram que um terço dos vegetais consumidos pelos brasileiros apresentaram resíduos de agrotóxicos em níveis inaceitáveis. As amostras de pimentão, por exemplo, continham 92% a mais de agrotóxicos do que o permitido, seguido pelo morango (63%) e pepino (57%).
Dos 50 princípios ativos ou moléculas mais usadas na composição de produtos agrotóxicos no Brasil, em 20 países eles já foram