Plano cruzado
Introdução
Após 20 anos de ditadura elegeu-se em 1985 um presidente; havia a esperança de que com a democracia esta traria de volta o retorno do crescimento e o fim da inflação, mas o que se viu foram planos malsucedidos.
O então presidente eleito Tancredo Neves faleceu sem assumir o poder, deixando a cargo de José Sarney manter a Aliança Democrática e solucionar os problemas econômicos brasileiros. O problema mais crítico a ser solucionado nesta nova fase era a inflação uma vez que esta não cedia.
Ao final de 1985 algumas medidas fiscais e monetárias foram adotadas por intermédio de um “pacote fiscal”; era um pacote de medidas gradualista e não teve nenhum impacto sobre a inflação. Após a incapacidade em conter o aumento dos preços e o fracasso dos reajustes recessivos anteriores foi implementado pelo Governo de Sarney no seu segundo mandato o plano cruzado, modelo heterodoxo de Francisco Lopes da PUC-Rio, a fim de estancar o aceleramento da inflação que já atingia 235% ao final do ano de 1985.
As medidas adotadas pelo plano foram:
* Reforma Monetária e Congelamento: O cruzado passou a ser o novo padrão monetário nacional - moeda mais forte, Intervenção nos contratos, congelamento dos preços, a taxa de câmbio fixa, e para o controle de congelamento foi criada a tabela de Sunab – sob vigilância da população.
* Desindexação da Economia: As Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional foi substituídas pelas Obrigações do Tesouro Nacional – cujos valores ficariam congelados por um ano. Todas as obrigações financeiras continuavam a ser denominadas na velha moeda, que era desvalorizada diariamente em relação ao cruzado, através da tablita de conversão (0,45% ao dia).
* Índice de Preços e Cadernetas de poupança: Índice de preços ao consumidor (IPC), com o objetivo de eliminar contaminação do índice pela inflação do mês de fevereiro. A caderneta de poupança passou a ter rendimento trimestral.
* Política Salarial: Os salários deveriam ser