Plano bresser
O Plano Bresser foi apresentado por Bresser Pereira que assumiu o ministério da Fazenda em 29 de abril de 1987, com sérios problemas de inflação e um mês depois de sua posse a inflação atingiu 23,26%. O grande vilão era o déficit público, onde o governo gastava mais do que arrecadava, então em junho de 1987 foi apresentado do “Plano Bresser” onde decretava congelamento de preços, dos alugueis e salários por 60 dias. E para diminui o déficit público toma algumas medidas, como: aumentar tributos eliminou o subsidio do trigo e as obras de grande porte já planejadas foram adiadas, entre elas o trem bala entre São Paulo e Rio, Ferrovia Norte Sul, pólo-petroquímico do Rio de Janeiro e desativa o gatilho salarial. Retomou as negociações com FMI suspendendo a moratória. De acordo com as novas regras, que passaram a valer na época, foi determinado que, entre os dias 1º e 15 de junho de 1987, a poupança seria remunerada pela variação OTN e, a partir de então, pela LBC (Letras do Banco Central). Acontece que os bancos remuneraram o mês todo usando como indexador a LBC, que teve variação 18,02% no período, bem menor que a variação da OTN, de 26,06%. Mesmo com todas essas medidas a inflação chegou a 366% em dezembro de 1987. O Bresser deixa o ministério em 6 de janeiro de 1988 e é substituído por Maílson da Nóbrega.
1.1 HETERODOXIA E ORTODOXIA NO PLANO BRESSER
O Plano Bresser apareceu com fortes sinais heterodoxos. O programa de estabilização, embora possa ser classificado de “heterodoxo”, teve um componente “ortodoxo” muito maior do que o que está ali assinalado. Política macroeconômica ortodoxa é aquela que pressupõe o bom funcionamento do mercado. No combate à inflação, não age diretamente sobre os preços, mas indiretamente, através de política fiscal e monetária. Ortodoxia é geralmente sinal de boa política econômica em condições normais de funcionamento da economia, quando o mercado tem condições de realizar