planilha
CAPÍTULO UM
A cada minuto que passa vejo enfermeiros e paramédicos correndo empurrando macas no corredor branco. No final dele posso ver uma porta, onde somente funcionários do hospital podem entrar, mas no passar de uma maca e outra vejo pela fresta que se abre, o caos que está acontecendo lá dentro. Com o caos dentro da emergência, vejo mulheres, homens pulando e dando crises de nervosismo na outra parte do corredor. Gritos insuportavelmente altos, que aumentam cada vez mais a altura devido ao eco neste hospital.
Enquanto sou embalado pelos gritos de familiares no qual seus conhecidos estão em leito de morte, penso como me sentiria se fosse eu ali, no mesmo lugar que eles estão, vendo meu pai morrendo e sem poder fazer nada.
Veem-me a memória meus irmãos, o que seria deles com a morte do meu pai? Eu com certeza não conseguiria cuidar deles, deveriam ir para algum orfanato e nunca mais os veriam. Eu iria morar aonde...
Balanço a cabeça como alguém que quer esquecer o que está pensando. De repente ouço o barulho de uma porta de abrindo, levanto a cabeça e percebo que é a mesma porta que está a minha frente. Um médico está parado em frente a mim, com uma planilha em sua mão direita:
-Joah Hunder-Diz o médico olhando para os lados esperando uma resposta-Estou procurando Joah Hunder.
-Estou aqui-Digo, colocando a mãe em seu ombro-Sou eu!
-Entre. Por Favor-Ele fala com uma expressão séria pois vejo suas sobrancelhas enrugarem.
Quando entro pela porta vejo outro corredor, no qual sou guiado pelo médico. Ele entra na última porta, e eu o sigo. Entrando na sala vejo meu pai deitado sobre uma espécie de cama enquanto outro médico continua avaliando-o.
***
O exame termina então meu pai tenta se levantar da cama, mas está fraco demais então vou até ele e o ajudo. Meu corpo é franzino, não sou muito forte, sou magro mas consigo servir de apoio ao meu pai.Com um pouco de dificuldade em guia-lo até a poltrona mais próxima, pois, ele é um homem