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Aos 12 anos começa a ler intensamente tanto poesia como ficção e aos 15, enviou uma carta com alguns poemas ao poeta António Botto, e foi graças a um amigo deste que veio a conhecer a poesia de Fernando Pessoa, por quem tinha grande admiração.
Publica assim o seu primeiro poema, "Narciso" e, pouco tempo depois, passa a assinar com outro nome: nasce o poeta Eugénio de Andrade. A Novembro de 1942, Eugénio lança o seu primeiro livro de poesia: "Adolescente".
Entretanto, em 1944, cumpre o Serviço Militar e, após a recruta, em 1947, graças a um amigo, ingressa nos quadros do Ministério da Saúde como inspetor-administrativo dos Serviços Médico-Sociais, onde permaneceu até 1983. Em 1950 é transferido para o Porto, cidade onde residiu até ao fim da sua vida. Este autor faleceu a 13 de junho de 2005 no Porto.
Além de poesia o autor escreveu livros de prosa, livros para crianças, traduções e antologias. Os poemas de Eugénio de Andrade encontram-se publicados em vários volumes, como As mãos e os Frutos (1948), Os Amantes se Dinheiro (1950), Ostinato Rigore (1964) e O Sal da Língua (1995)
Que fizeste das palavras? Que fizeste das palavras? Que contas darás tu dessas vogais de um azul tão apaziguado?
E das consoantes, que lhes dirás, ardendo entre o fulgor das laranjas e o sol dos cavalos?
Que lhes dirás, quando te perguntarem pelas minúsculas sementes que te confiaram?