Planejar
Só ensina bem quem sabe aonde quer levar os alunos e se prepara para chegar lá. Como você sabe, toda aula começa muito antes do momento de entrar em classe. Algumas vezes é preciso gastar horas para organizar materiais e espaços. Em outras, bastam alguns minutos. Mas sempre existe um esforço de preparar o trabalho com os alunos. “Mesmo o professor mais intuitivo precisa fazer planos”, diz Magdalena Jalbut, coordenadora do curso de Magistério do Centro de Estudos da Escola Vera Cruz (Cevec), de São Paulo. A atividade de planejar, invisível para os estudantes, é considerada complicada, chata e burocrática. “Durante décadas o professor foi obrigado a fazer planejamentos que não tinham nada a ver com o seu dia-a-dia”, comenta Darcy Raiça, professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). “Para muita gente, planejar significava copiar o índice do livro didático”, diz ela. Felizmente esse engano está sendo desfeito.
Assim como não se levanta um prédio sem plantas e cálculos, não se constrói educação sem planejamento. A fórmula para planejar é simples. Primeiro definem-se os objetivos, pensando nos interesses e nas possibilidades do aluno. Depois o caminho para alcançá-los, com materiais, espaços, técnicas e tempo disponíveis. Entre o primeiro e o último ponto é preciso caminhar muito, mas quem faz o percurso encontra a chave do sucesso.
ESQUEÇA A BUROCRACIA
Acabou a idéia de que planejar é ir a reuniões chatas em que o professor se sente como um carimbador de papéis. "Antes o plano vinha pronto, em pacotes", comenta Regina Scarpa, formadora de professores há dez anos. "Hoje quem leciona tem espaço para criar." CONHEÇA BEM DE PERTO O SEU ALUNO
Para planejar, é preciso conhecer as condições e os interesses dos estudantes. "Pergunte-se sempre: 'O que meu aluno deve e pode aprender?' ", indica