Planejamento e gestão Urbana
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS
BACHARELADO EM GEOGRAFIA
PLANEJAMENTO URBANO
Profª Geovana
Márcia Ferraz Gonçalves
Marcelo Lopes de Souza; Mudar a Cidade, Uma Introdução Critica ao Planejamento e a Gestão Urbana. 4. As perspectivas “marcadófilas”; os ataques conservadores contra o planejamento regulatório.
O planejamento “marcadófilo” compreende três subtipos, sendo eles: trend planning, leverage planning e private-management planning. Todos os três rompem com o espírito regulatório ainda hegemônico dos anos 70, na medida em que deixam de tentar “domesticar” ou “disciplinar” o capital melhor se ajusta aos seus interesses imediatos.
O “empresarialismo” reflete, de certo modo, a assimilação, maior ou menor conforme o país e a cidade, das tendências contemporâneas de desregulamentação e diminuição da presença do Estado também no terreno do planejamento e da gestão urbana, amiúde sugeridas pela fórmula “parcerias público-privado” (private-public partnersship).
O enfoque “estratégico”, tem muita vezes, andado associado a perspectiva “mercadófila” neoconservadora. Não só no Brasil, com o exemplo do Plano Estratégico da Cidade do Rio de Janeiro, mas como no mundo inteiro, a hegemonia tem sido de uma tentativa de transposição do corporate strategic planning, surgido no meio empresarial, para o planejamento urbano e regional no setor público.
Pode-se ver que a linha do “planejamento estratégico situacional” de Carlos Matus (1996), mostra uma distancia em relação ao ambiente conservador.
Nesse contexto, o planejamento, com um mínimo de sentido publico e expresso por meio de um conjunto de normas e regras de alcance geral relativas ao uso do solo e à organização espacial, é eclipsada, negligenciada e, não raro, acuado pela enorme ênfase que passa a ser posta em projetos urbanísticos, sejam de embelezamento, “revitalização” ou de outro tipo – ênfase essa que é muito conveniente para o capital imobiliário.
Esteticamente, parece que