Planejamento territorial
A história do planejamento territorial nada mais é do que a das mudanças de atitude do homem com relação ao meio em que vive, ao seu modo de vida e ao tempo por ele empregado em seu repouso. No entanto o enfoque dado ao planejamento tem variado com o passar dos tempos, conforme a necessidade de melhoramento da qualidade de vida do homem. De acordo com FERREIRA (1979), o planejamento consiste em uma visão do futuro próxima ou distante, contribuindo para melhoria da realização de tarefas e para que objetivos sejam alcançados, por pessoas ou organizações. Ocorre uma ordenação das ações, dando prioridades a elas, permitindo o mapeamento das dificuldades possibilitando, assim, a escolha de caminhos alternativos.
Considerando que a produção do espaço urbano constrói uma relação dialética quanto ao transporte e localização das estruturas, é importante que haja um planejamento racional das áreas urbanas. O transporte e as pessoas, em suas dinâmicas e características, tanto podem influenciar o local, como o local pode estruturar o transporte. Nesse sentido, a concentração demográfica reúne há tempos diversos problemas na estrutura urbana, decorrentes de fatores ligados a infra-estrutura e ao seu crescimento desordenado. Assim, o meio físico sempre foi merecedor de atenção, a fim de que se possa melhorar a qualidade de vida da população.
A princípio, o planejamento territorial, com o objetivo de criar condições favoráveis aos habitantes, esteve muito ligado aos termos construir, ampliar, embelezar, ordenar e sanear. No século XIX, o arquiteto Camilo Sitte reagia contra o esquematismo geométrico, nessa época prevaleciam conceitos tais como “Esquematizar tudo rigorosamente”.
Sendo assim, existiam três sistemas de construir as cidades: ortogonal, radial e triangular. As variantes resultavam da combinação das três. (BRUNA, 1983)
Conforme BRUNA (1983), Camilo Sitte afirmava que esses sistemas