Planejamento ou Pensamento
Planejamento ou Pensamento Estratégico? março/2002 Robin Alves Pagano e-mail: robin@intelligentia.com.br
Existe hoje, no contexto da formulação estratégica nas organizações, uma questão fundamental: as definições e desdobramentos estratégicos serão mais bem conduzidos por um processo de planejamento ou de pensamento estratégico? Alguns dos maiores especialistas no tema – entre pesquisadores e consultores – têm opiniões aparentemente distintas. Uns defendem que a estratégia empresarial deve ser “planejada”, a partir de um processo estruturado, onde os principais atores (líderes empresariais) devem fazer as perguntas certas, discutir as respostas encontradas, buscar o consenso, decidir como competir a partir dessa “análise planejada” e formalizar as estratégias definidas em um “plano estratégico” (ou, plano de negócios). Para outros, o processo de definição de estratégias, dada a (aparente) constante inconstância no mundo dos negócios – com novos concorrentes indo e vindo, novas oportunidades surgindo a todo instante nos mais diversos lugares, a economia oscilando entre ciclos de prosperidade e recessão numa freqüência nunca vista, novos canais de distribuição emergindo no ambiente competitivo, etc. –, envolve uso de “intuição e criatividade” gerando uma “percepção” integrada da organização.
Vamos procurar entender um pouco melhor ambos os processos, analisando os aspectos relevantes de cada escola, para então chegarmos a uma conclusão.
A Escola do Planejamento Estratégico
No processo do planejamento estratégico a palavra chave é “análise”, ou seja, o desmembramento dos principais aspectos relacionados com a estratégia empresarial em várias partes, para facilitar seu estudo e conseqüente compreensão, e assim tomar decisões fundamentadas em fatos concretos e dados precisos. O objetivo é conhecer a natureza da organização, suas intenções estratégicas (objetivos de longo prazo), seu ambiente de competição (fatores
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