Planejamento estrategico
Com mais de 3 mil funcionários ao redor do mundo e espetáculos que se deslocam com freqüência, área de tecnologia do Cirque du Soleil busca flexibilidade.
Surpreendente. Todas as vezes que o grupo canadense Cirque du Soleil levanta suas lonas em algum lugar do mundo é com este termo que boa parte dos expectadores costuma classificar suas apresentações, capazes de reunir centenas de atores em espetáculos repletos de cores e movimentos impecáveis. Quem analisa a estrutura mais a fundo, porém, percebe que a harmonia que enche os olhos da platéia, na realidade, não é uma meta perseguida apenas no palco, mas uma característica de todas as operações do grupo. Com tecnologia da informação, não haveria de ser diferente. O grupo possui cerca de 3 mil funcionários espalhados por diversas localidades – sendo 900 artistas –, o que demanda que TI seja fundamental para garantir a excelência operacional, tanto no apoio ao desempenho artístico quanto no suporte a uma equipe que cresce a taxas expressivas a cada ano.
Na liderança desse time está Danielle Savoie, há seis anos vice-presidente de tecnologia do Cirque du Soleil e responsável por comandar uma estrutura que pode parecer um pesadelo para boa parte dos gestores. Isso porque parte das operações do próprio circo é nômade, o que demanda uma flexibilidade maior para comunicações, infra-estrutura e os próprios softwares adotados. “A cada dois meses, em média, os artistas se deslocam de um lugar para outro nas turnês. Isso é um dos grandes desafios de TI, já que a maior parte dos sistemas e dos softwares é desenvolvida para empresas com bases fixas”, comenta a executiva, ressaltando ainda que em todas as viagens um profissional de tecnologia é encarregado para instalar e monitorar os sistemas.
Em apoio às atividades internas, o grupo utiliza softwares da SAP para as áreas financeira, contábil, de distribuição e recursos humanos. Já o suporte da infra-estrutura, que até abril