Planejamento em Gestao Ambiental
Os “planos” urbanísticos no Brasil tiveram início em 1875. Planos criados pela elite econômica que visavam o embelezamento das cidades. Esse período se deu até 1930, momento que os problemas urbanos começam a se agravar e foi necessário uma abordagem sobre eficiência da cidade. Após 1930 os planos começaram a levar em consideração a importância de uma infraestrutura urbana, entretanto essa preocupação era de constituir condições gerais para a produção e reprodução de capital, negligenciando todo restante das questões sociais urbanas. Esse processo proporcionou um contexto em que os planos tornam-se inviáveis, pois a classe dominante já não tem mais propostas para resolver os problemas que se agravam. Não existe propósito em anunciar obras de interesse popular que não serão realizadas ou anunciar obras que serão realizadas, mas não tem interesse popular. Esses planos foram resumidos a apenas “ideias” gerais, uma vez que quanto mais abrangentes eram os planos, mais crescia a variedade de problemas urbanos identificados, afastando o interesse real das classes dominantes. Sendo assim, num contexto de ditadura militar, esses planos passaram a ser extremamente tecnocratas, tratados num âmbito apenas intelectual. Sem qualquer aplicabilidade política tais planos não passaram do papel e no fim foram simplesmente parar na gaveta. No pós ditatura militar, em 1990, cumprindo as determinações constitucionais, se deu o início da politização dos planos diretores. Esses planos devido ao crescimento desordenado, elegem agora como objeto fundamental o espaço urbano e sua produção, reprodução e consumo, surgindo claramente uma diversidade de interesses conflitantes. Esse histórico de incapacidade política no âmbito do desenvolvimento urbano, cria um mecanismo de exclusão e