Planejamento Ambiental
Uma das grandes preocupações em uma estação de tratamento de esgoto (ETE) é o manejo adequado do lodo ativado seco, que é o produto final de todo o processo. Em Santa Maria - RS não é diferente, na ETE da cidade, ministrada pela CORSAN, está ocorrendo o descarte improprio desse resíduo final. Todo esse material está sendo depositado de forma errônea superficialmente no terreno, apresentando um grande risco para a saúde pública e para o meio ambiente. Deve ser realizado um manejo e descarte adequado desse lodo, e a melhor alternativa é o reuso agrícola, para esse fim o lodo deve tratado para a eliminação de componentes químicos e biológicos em excesso, aspectos que tornam o lodo impróprio para tal uso (JORDÃO, 2005). Também deve ser realizada uma maximização do processo de desidratação desse lodo nos leitos de secagem.
2. REVISÃO DE LITERATURA
O sistema de lodos ativados é uma importante ferramenta, utilizada mundialmente, para o tratamento de despejos domésticos e industriais, é um sistema eficiente no tratamento desses efluentes e que requer pequenas áreas de instalação (SPERLING, 1997). Na ETE da cidade de Santa Maria, o sistema utilizado para o tratamento de esgoto da cidade é o de Aeração Prolongada de Fluxo Contínuo e abrange 30% do município (CORSAN, 2011).
Ainda segundo SPERLING (1997, p.23), as principais etapas do tratamento são: Adensamento, Estabilização, Condicionamento, Desidratação e Disposição Final do lodo produzido.
2.1 VISÕES SOBRE O TEMA
O produto final do tratamento de esgoto é o lodo ativado seco. JORDÃO & PESSÔA (2005, p.355), caracteriza o lodo seco quando apresenta boas qualidades para a remoção (com pá) e transporte, além do mais, o lodo seco deve apresentar umidade em torno de 70%. Para atingir esse valor de umidade, o lodo é armazenado nos leitos de secagem, que são unidades de tratamento em forma de tanques retangulares, projetadas e construídas de modo a receber o lodo dos digestores (JORDÃO & PESSÔA, 2005). Esse