planeamento estratégico
INTRODUÇÃO
A abordagem histórica da moeda não é consensual, entre economistas e antropólogos. Os primeiros alegam que a Antropologia não confirmou, ao estudar sociedades primitivas observáveis ainda há dezenas de anos a existência exclusiva da troca directa nessas economias, contrariando ao que sustentam os modelos pseudo - históricos.
Pouco nos interessa saber se houve ou não sociedades primitivas em que apenas existia troca directa, cujos inconvenientes teriam levado o homem ao uso de uma mercadoria de aceitação geral como meio de troca [Barata, Martins José (1988, p.6].
Sabemos que a troca directa coexistiu, e em muitos casos coexiste ainda hoje, com a troca indirecta. A nosso ver, o que mais interessa, é ter em conta que a moeda evolui desde a moeda-objectivo, por fases, até à moeda desmaterializada, dos nossos dias, que é a moeda escritural.
A moeda é a principal mercadoria comercializada pelos bancos, são eles que fazem a sua intermediação, circulação, que multiplicam (fabricam, criam) as moedas, sendo as moedas matéria-prima, oriundas dos depósitos e os empréstimos; como os bancos criam dinheiro. Além disso, a moeda está intimamente relacionada ao crédito, e vem daí o poder exercido pelos bancos, uma vez que a moeda tem a função de instrumento de poder. Daí também a importância de seu estudo.
Tendo em conta a importância do estudo da moeda, neste presente trabalho abordaremos aspectos relacionados com origem e conceito de moeda - o sistema de escambo; teorias sobre a origem da moeda; o abandono do sistema de escambo e a criação da moeda; evolução histórica da moeda; as funções da moeda e as características da moeda.
2- ORIGEM E CONCEITO DE MOEDA - O SISTEMA DE ESCAMBO
Estudos históricos levantam contundentes indícios de que a moeda fora inventada na Lídia, por volta de 650 a.C. Essa moeda chamava-se elektron, e era confeccionada com liga metálica de ouro e prata. Actualmente, o território