Placenta Prévia
As infecções sistêmicas causadas por leveduras vêm aumentado muito nas últimas décadas, especialmente a partir de 1980, devido ao grande número de pacientes imunocomprometidos reconhecidos como de risco para essas infecções (neutropênicos, transplantados, diabéticos, aidéticos, entre outros). Paralelamente, o aprimoramento das técnicas de diagnóstico laboratorial contribuiu para o aumento do número de casos de fungemia no mundo.
Segundo Martin et al., nos Estados Unidos, entre 1979 e 2001, houve um aumento de 207% nas infecções da corrente sanguínea causadas por fungos, e Cândida foi o principal gênero envolvido.
Atualmente a candidemia é reconhecida como grave problema de saúde pública nas regiões subdesenvolvidas, mas também é preocupante nos países desenvolvidos. A gravidade da doença, associada a condições debilitantes do paciente, leva a um aumento do tempo de internação hospitalar, acarretando elevação nos custos socioeconômicos. Outro fator relevante é que as complicações clínicas decorrentes dessa doença são graves, refletindo em altas taxas de morbimortalidade. De acordo com Viudes et al., a mortalidade atribuída direta ou indiretamente à candidemia é de 40% a 60%.
Portanto, um diagnóstico precoce é fundamental para que o tratamento farmacológico seja rapidamente instituído, aumentando, assim, a probabilidade de cura.
O diagnóstico laboratorial da candidemia é baseado no encontro de leveduras em amostras de sangue periférico.
Para isolamento do agente é utilizada a hemocultura, realizada de preferência por métodos automatizados. A seguir os micro-organismos são identificados segundo suas características bioquímicas e morfológicas. O limitante é que a sensibilidade da hemocultura é baixa, em torno de 50%, com elevado número de casos falsos negativos.
O arsenal de antifúngicos disponíveis no comércio é restrito, por isso a indicação deve ser criteriosa, no sentido de evitar o surgimento de micro-organismos resistentes, o que