Pisa
Guilherme Sachs1
RESUMO
Este artigo apresenta um olhar crítico dos relatórios da OCDE em espanhol para os resultados do PISA. Alguns pontos do relatório são questionados e são apresentados outros que aparentam se contradizer, ao longo dos relatórios. Para tal, são selecionados alguns tópicos, entendidos como importantes para a discussão de formulação de políticas para a área de educação, baseadas nos resultados do exame.
Palavras-chave: PISA; avaliação da educação; competências e habilidades.
Introdução
Os resultados dos exames em larga escala, como o PISA, SAEB, ENEM, ENADE etc., são utilizados como argumentos de autoridade sobre a qualidade dos sistemas educacionais e, inclusive, subsidiam políticas públicas para a área da educação. O PISA, em particular, é o exame de maior influência, já que é o mais abrangente, em termos internacionais. Tal exame proporciona uma avaliação ampla acerca do desempenho dos estudantes na faixa de 15 anos. Porém, como qualquer avaliação, o PISA também possui limitações, impostas por diversos fatores, entre eles a metodologia, que nunca é perfeitamente adequada e imparcial. Ainda assim, o PISA conquistou o status de suleador/norteador para o desenvolvimento de políticas para a educação em diversos países, entre eles o Brasil. Conforme a OCDE, o PISA é cada vez mais influente na política educativa de diversas regiões de todo o mundo (2005, p. 22). Em vista disto, é fundamental a produção de pesquisas, no âmbito acadêmico, para investigar as concepções do exame e as ideologias explícitas e implícitas, a fim de criar um apoio/contraponto para as indicações de políticas educacionais.
1. O Exame
O PISA (Programa Internacional para a Avaliação de Estudantes - Programme for International Student Assessment, no inglês) é realizado pela OCDE (Organização para a Cooperação do Desenvolvimento Econômico). Seu objetivo principal anunciado é o de avaliar até que