Pirâmide de Maslow
Desenvolvido em parceria com o Instituto Akatu
cap.
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Pirâmide de Maslow, consumo e autorrealização
O psicólogo americano Abraham Maslow, um dos mais conhecidos teóricos motivacionais, acreditava que todos os indivíduos apresentam uma hierarquia de necessidades que precisam ser satisfeitas. Essa hierarquia é mostrada sob a forma de uma pirâmide (figura abaixo). De acordo com
Maslow, as necessidades primordiais são as “fisiológicas”, sem as quais nosso corpo entra em colapso.
São coisas como conseguir ar, alimentos e água em quantidades suficientes para a sobrevivência.
Satisfeitas essas primeiras, seguem-se as necessidades de “segurança”, que também se ligam muito diretamente à sobrevivência física dos seres humanos. Atendidas essas, as pessoas buscariam satisfazer suas necessidades sociais, como as amizades, por exemplo. Superadas mais essas, vem a necessidade de autoestima, na busca do reconhecimento por parte de outros indivíduos. E, por último, vêm as necessidades de autorrealização.
Essa hierarquia de necessidades aponta para as limitações do consumo nos primeiro estágios e para uma expansão da complexidade da satisfação das necessidades conforme um indivíduo ascende na pirâmide. Pode-se afirmar que, em uma sociedade onde o consumo é central na vida das pessoas, as necessidades mais altas na pirâmide oferecerão desafios continuamente crescentes para serem satisfeitas. Esse processo se torna especialmente intenso na medida em que, em uma sociedade de consumo, o ato de consumir passou a ser um exercício de identidade.
Hoje, reconhece-se que os processos que movem os seres humanos e condicionam suas decisões não ocorrem de uma forma tão sequencial e hierarquizada (por exemplo, uma pessoa pode colocar em risco sua segurança física ao buscar reconhecimento por outros), mas, mesmo assim, a pirâmide de Maslow continua sendo uma forma esquemática para descrever as necessidades humanas.