Pirataria digital no caso de softwares :(
A partir de uma abordagem qualitativa, baseada no referencial de resistência do consumidor, foram identificadas quatro formas de resistência: 1) força de oposição ao mercado; 2) agência do consumidor; 3) “saída”; e 4) divergência diante da prática do mercado.A crise e a retração do mercado fonográfico vêm ocupando espaço na mídia nos últimos anos (Época, 2008). Novas tecnologias, como o MP3 e programas que permitem a troca de arquivos de músicas entre computadores domésticos, são apontadas como causa fundamental dessa alteração de cenário. Somente no Brasil, foram baixados no ano de 2005 mais de 1,1 bilhão de arquivos pela internet (ABPD, 2006). A popularização dessas tecnologias de aquisição e distribuição de arquivos musicais, via internet, possibilitou o surgimento do fenômeno conhecido – segundo a indústria – como “pirataria virtual”6.
Em resposta ao interesse crescente acerca desse fenômeno de abrangência mundial, a área de Administração passou a tratar desse tema em suas pesquisas (ver FILGUEIRAS & SILVA, 2002; BOTELHO, BOTELHO
& ALMEIDA, 2003; PEITZ & WAELBROECK, 2004; BARROS,
2004). Tais estudos, contudo, costumam se dedicar à análise da situação das organizações do setor que tiveram seus lucros drasticamente reduzidos (especialmente as grandes gravadoras) e às estratégias que têm sido adotadas por essas organizações como forma de contornar o problema e deixam de lado outros aspectos relevantes ao tema.
Em relação à pesquisa do consumidor, alguns trabalhos mais recentes
(GIESLER & POHLMAN, 2003; HUANG, 2005; GIESLER
& LUEDICKE, 2007; CASTRO, 2007) analisam o fenômeno de outro ponto de vista, buscando observar motivações e percepções do consumidor
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