Pinturas Impressionistas e o conceito de Natureza e Paisagem
Centro de Letras e Artes
Escola de Belas Artes
Aluno: Carolina Rodrigues de Lima
Disciplina: Arte e Natureza
Pinturas Impressionistas e o conceito de Natureza e Paisagem
19 de abril de 2013 A noção de paisagem surgiu por volta de 1415 e se estabeleceu com a elaboração das leis de perspectiva, visivelmente aplicada, à priori, nas pinturas da Renascença. Foi no Impressionismo que as paisagens ganharam mais visibilidade, considerando que foram tema principal na grande maioria das pinturas, onde eram capturados os efeitos passageiros do horário do dia, atmosfera e estação com cor e luz. Não é difícil que o espectador se encante com as paisagens reproduzidas em quadros impressionistas como A Ponte Japonesa ou Campo de Papoulas, de Claude Monet. Naturalmente, pode-se supor que a natureza ali contida contribua com a beleza da paisagem. Mas o que se entende por natureza e conseqüentemente por paisagem? Pode se considerar, inclusive, uma tarefa difícil dissociar uma coisa da outra. O homem costuma observar a natureza como fator externo à própria identidade, se artificializa e artificializa tudo o que produz, colocando-se, muitas vezes, acima da mesma. Porém, segundo Holbach, “O homem é a obra da natureza, existe na natureza, está submetido às suas leis; ele não pode se livrar dela, não pode, nem mesmo em pensamento, sair dela.” [Sistema da Natureza, p. 31], ou seja, qualquer atividade que o homem desenvolva, até mesmo as produções artísticas, são parte dela. Portanto, qualquer tentativa que o homem faça no sentido de se desvincular da natureza é inútil. Temos uma relação aparentemente natural com a paisagem. Praticamente todas as pessoas de nossa cultura já se encontraram, em algum momento, admirando alguma composição que agradasse à sua visão. O nosso entendimento (ainda que errôneo) de natureza depende diretamente do que entendemos e como percebemos a paisagem, relaciona-se diretamente