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The Pathologization of Sedentariness
Marcos Santos Ferreira
Doutor. Professor do Instituto de Educação Física e Desportos/
Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Professor do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências do Exercício e do
Esporte./Universidade Gama Filho.
Endereço: Rua São Francisco Xavier, 524, sala 8121F, CEP 20550-900,
Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
E-mail: msantosferreira@uol.com.br
Luis David Castiel
Doutor. Pesquisador do Departamento de Epidemiologia da Escola
Nacional de Saúde Pública/Fundação Oswaldo Cruz.
Endereço: Rua Leopoldo Bulhões, 1.480, sala 827, CEP 21041-210,
Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
E-mail: luis.castiel@ensp.fiocruz.br
Maria Helena Cabral de Almeida Cardoso
Doutora. Historiadora do Departamento de Genética Médica e
Professora da Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher/
Instituto Fernandes Figueira/Fundação Oswaldo Cruz
Endereço: Av. Rui Barbosa, 716, CEP 22250-020, Rio de Janeiro,
RJ, Brasil.
E-mail: cardosomhca@iff.fiocruz.br
836 Saúde Soc. São Paulo, v.21, n.4, p.836-847, 2012
Resumo
A identificação do sedentarismo como fator de risco para doenças crônico-degenerativas influenciou significativamente nas recomendações de saúde pública em defesa de estilos de vida fisicamente ativos. O artigo estuda o processo de patologização do sedentarismo e seus desdobramentos para o campo da saúde pública. Num primeiro momento, discutimos de que maneira o modelo biomédico serve de base para a transposição de aspectos da conduta humana como “fator de risco” e, a seguir, como patologia, tal qual no caso específico da “Síndrome da Morte Sedentária”, assim classificada por alguns autores. Em seguida, analisamos como essa visão vem sendo difundida no campo da saúde, tomando por base um programa institucional que, ao mesmo tempo em que transforma o sedentarismo em doença, apresenta a atividade física como um remédio cujos resultados podem se estender a