Pinguim-de-magalhães
A plataforma continental do sul do Brasil é parte do limite oeste da Convergência Subtropical, formada pelo interrcâmbio de águas frias e quentes. O que trás para essa região águas ricas em nutrientes, atraíndo diversas espécies de peixes, e consequêntemente várias espécies de aves marinhas (Petry et al., 2002). Entre estas espécies está o pinguim de magalhães (Spheniscus Magellanicus), classificada como espécie “quase ameaçada” pela International Union for Conservation of Nature (IUCN).
No Brasil os pinguins são apenas visitantes migratórios e existem registros de somente 4 espécies, sendo a mais comum o pinguim de magalhães. As outras espécies: Aptenodytes patagonicus (pinguim-rei), Eudyptes chrysolophus (pinguim de testa amarela) e Eudyptes chrysocome (pinguim-de-penacho-amarelo) são menos comuns na costa brasileira.
O Pinguim-de-Magalhães pertence à família Spheniscidae, juntamente com o pinguim-das-galápagos e o pinguim-de-humboldt, mas distinguem-se deste último por apresentar duas bandas pretas no peito e o bico mais fino. Também conhecido como pingüim naufragado e pato-marinho. Seu nome significa Ave do Estreito de Magalhães com nadadeiras em forma de cunha.
É uma ave marinha de porte médio, podendo atingir cerca de 70 centímetros de comprimento e pesar de 4,5 Kg à 6 Kg. Apesar de não haver dimorfismo sexual marcante na espécie, os machos costumam ser mais robustos que as fêmeas. Enquanto que a maturidade sexual das fêmeas é atingida aos 4-5 anos, a dos machos é atingida aos 6-7 anos. Como os outros pingüins, eles se alimentam principalmente de peixes, como anchovas, sardinhas ou peixe-rei, lulas, krill e outros crustáceos. Para conseguir seu alimento eles saem caçar, sempre em bandos de 5 a 10 indivíduos. Podem pescar na arrebentação ou após ela, e mergulham ate 90m de profundidade.
A plumagem destas aves em fase adulta é negra nas costas, asas e pescoço, e branca na parte ventral e na cabeça (contornando as sobrancelhas, orelhas e