PINEL E DR FRANCO DA ROCHA
Médico francês nascido em Saint-André d’A layrac, foi o pioneiro no tratamento mais científico e menos supersticioso contra a loucura, defendendo tratamentos mais humanizados, tornando-se um dos precursores da psiquiatria moderna. Seu interesse pelas doenças mentais surgiu depois da tragédia de um amigo que, enlouquecido, fugiu para uma floresta, onde morreu devorado por lobos. Acreditava que as doenças mentais eram decorrentes de alterações patológicas no cérebro, de fatores hereditários, lesões fisiológicas ou excesso de pressões sociais e psicológicas. Sua primeira medida foi libertar pacientes que, em muitos casos, estavam acorrentados há vinte, trinta anos em locais insalubres como porões de santas casas excluídos da sociedade, também combateu a teoria de que um louco estaria possuído pelo demônio e buscou explicações científicas para tais. Proibiu ainda procedimentos adotados na época como a sangria, os vomitivos e purgantes e era favorável à um contato mais amistoso com os pacientes. Na reforma pineliana estavam evidenciados uma nova tradição para a investigação e prática da psiquiatria, o saber e a técnica, baseados no Tratado médico-filosófico sobre a alienação mental ou a mania que seria escrito pelo próprio Pinel. Neste tratado são levados em consideração diversos aspectos como os limites do conhecimento sobre a alienação, o estabelecimento de um campo de pesquisa e a sistematização capaz de tratar e curar. Pinel acreditava que o hospício era um local de exercer legitimamente a sistematização e a terapêutica onde estabelecem-se regras metodológicas de pesquisa. O isolamento social justifica-se Pinel, também como método terapêutico pois afasta o doente do mundo “externo” evitando assim que haja perturbação à ordem e ao mesmo tempo protegia a “sensibilidade Excessiva” do doente das zombarias e da ignorância da sociedade frente à enfermidade.
Francisco Franco da Rocha (1864 – 1933)
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