Pim iii
O que é a loucura? Na antiguidade era considerada como uma manifestação divina. O ataque epilético, intitulado a doença sagrada. Coexistindo com está visão na Grécia antiga, Aristófanes acreditava que a doença mental pudesse ter características específicas e uma causa definida. Homero em sua visão acredita que os homens não passavam de bonecos nas mãos dos deuses, tinham seus destinos guiados pelos “moiras” o que criava a aparência de estarem possuídos, o que os Gregos chamaram “mania”. Para Sócrates este fato geraria quatro tipos de loucura: a profética, a ritual, a amorosa, e a poética. Philippe pinel alterou significativamente a noção da loucura à anexa-lá a razão. Hegel afirmou que a loucura não seria a perda abstrata da razão: “A loucura é um simples desarranjo, uma simples contradição no interior da razão, que continua presente”.
“Há sempre alguma loucura no amor.
Mas há sempre um pouco de razão na loucura”.
(Freidrich Nietizche)
A linha.
Fiquei impressionado ao constatar que as pessoas consideradas equilibradas, separan-se das doentes mentais por uma linha imperceptível, que apesar dos enormes avanços da medicina ainda continua sendo um mistério. Perguntas como: Qual o limite entre a lucidez e a loucura? Será que alguma vez já avançamos está linha imaginaria? Tais perguntas infelizmente ainda continuam sem respostas. Vejam só a pesquisa realizada em 1972 por David Rosenhan, que resolveu fingir-se de louco, dirigindo-se a um hospital psiquiátrico, chegando lá alegou ouvir vozes que lhe diziam as palavras “oco” “vazio” e o som “tum-tum”. Esta foi à única mentira que contou, de resto comportou-se de maneira calma, respondendo perguntas sobre sua vida e seus relacionamentos. O mesmo fizeram oito voluntários, que foram a instituições diferentes. Todos exceto um não foi diagnosticado com esquizofrenia e internado. Vejam como