Pilha de Volta
Por volta de 1750, o anatomista italiano Luigi Galvani (1717-1808), realizando experiências de anatomia com sapos, concluiu que a corrente elétrica tinha origem nos músculos animais.
Alessandro Volta partiu de um pressuposto diferente do de Galvani: o de que a eletricidade tinha origem nos metais. Como físico, Volta tentava provar que só existia um tipo de eletricidade, aquela estudada pelos físicos. Por isso, trocou os tecidos de organismos vivos por ferro, cobre e tecido molhado. Variando os metais usados, rapidamente se convenceu de que seu raciocínio fazia sentido.
Em 1800, Volta construiu um equipamento capaz de produzir corrente elétrica continuamente: a pilha de Volta. Entre duas placas metálicas, uma de cobre e outra de zinco, imersas em ácido sulfúrico, observa-se o movimento de cargas elétricas negativas que se deslocam do zinco e fluem em direção ao cobre. A pilha de Volta produzia energia elétrica sempre que um fio condutor era ligado aos discos de zinco e de cobre, colocados na extremidade da pilha.
Conclusões de Volta 1) Não existe corrente elétrica apenas em condutores metálicos. 2) A velocidade das cargas em um condutor metálico não é altíssima.
Em um fio de cobre há cerca de 8,5.10^19 elétrons por mm³. Se uma corrente de, por exemplo, 1,0 A percorrer um fio de cobre de área de secção transversal igual a 4,0 mm², passarão na secção, por segundo, o correspondente a 6,25^18 elétrons. A partir desses dados, é possível inferir que os elétrons se deslocam cerca de 0,018 mm por segundo no condutor. Portanto, a velocidade do fluxo da corrente elétrica não é alta; pelo contrário, é muito