pilha de Daniel
A PILHA DE DANIEL
Em 1836, o químico e meteorologista inglês John Frederic Daniell (1790-1845) construiu uma pilha diferente, substituindo as soluções ácidas utilizadas por Alessandro Volta – que produziam gases tóxicos – por soluções de sais, tornando as experiências com pilha menos arriscadas.
A pilha de Daniell funcionava a partir de dois eletrodos interligados.
Cada eletrodo era um sistema constituído por um metal imerso em uma solução aquosa de um sal formado pelos cátions desse metal.
Em um sistema desse tipo é estabelecido um equilíbrio dinâmico entre o elemento metálico e seu respectivo cátion.
Analisa-se como é o eletrodo feito de zinco.
O eletrodo de zinco é um sistema constituído por uma placa de zinco metálico, imersa em uma solução que contém cátions zinco, Zn2+(aq).
Essa solução é obtida pela dissolução de um sal, como, por exemplo, o sulfato de zinco, ZnSo4(s), em água.
Nesse eletrodo ocorrem os seguintes fenômenos:
O zinco metálico (da placa) doa 2 elétrons para o cátion zinco (da solução) e se transforma em Zn2+(aq).
Zn(s) > 2 e- + Zn2+(aq)
O cátion zinco (na solução) recebe os 2 elétrons doados pelo zinco metálico e se transformam em Zn(s).
Zn2+(aq) + 2 e- > Zn(s)
Como se trata de um processo contínuo e ininterrupto, escrevemos a equação global simbolizada pelo equilíbrio dinâmico:
Zn(s) 2 e- + Zn2+(aq)
Considera-se um eletrodo de cobre, análogo ao de zinco, ou seja, constituído por uma placa de cobre metálico, imersa em uma solução de sulfato de cobre, CuSO4(aq), e que, portanto, contém cátions cobre, Cu2+(aq), em que se estabelece o equilíbrio a seguir:
Cu(s) Cu2+(aq) + 2-
Daniel percebeu que se fizesse uma interligação entre dois eletrodos desse tipo, feitos de metais diferentes, o metal mais reativo iria transferir seus elétrons para o cátion do metal menos reativo em vez de transferi-lo para os seus próprios cátions em solução.
Como o zinco é mais reativo que o cobre, se os eletrodos de zinco e de cobre