Pigmentações patologicas
1.Introdução: vários pigmentos podem ser encontrados nos órgãos dos animais domésticos, sendo que estes podem ser divididos em pigmentos exógenos e endógenos. Alguns destes pigmentos têm valor patológico, sendo componentes importantes em algumas doenças, já outros pigmentos ocorrem normalmente no organismo, sendo que alguns não possuem caráter patológico.
2.Pigmentos exógenos: são os pigmentos que são constituídos a partir de substâncias formadas fora do organismo, geralmente presentes em poeiras minerais ou orgânicas. A maioria destes pigmentos é gerada pela inalação de partículas de minerais ou metais que se depositam nos pulmões, logo este grupo de pigmentos patológicos exógenos, porém nem todos, são denominados de Pneumoconioses (do grego = pneúmon = pulmão e kónis = poeira). As Pneumoconioses têm maior importância na Medicina Humana do que na Medicina Veterinária, já que não é mais comum o trabalho de animais em indústrias e minas.
O grau de lesão das Pneumoconioses depende da concentração inalada, do tamanho e forma das partículas inaladas, da natureza química da partícula e do tempo de exposição.
Alguns outros pigmentos exógenos têm como porta de entrada a via cutânea, como por exemplo, tatuagens e corantes de vacinas, e outros têm como porta de entrada o tubo digestivo, tendo como exemplo alguns pigmentos de origem vegetal como os carotenos, clorofilas e xantofilas.
a) Pneumoconioses
- Antracose (do grego = anthrákósis = úlcera negra carbunculosa): tem como etiologia à inalação repetida e contínua de partículas de carvão (carbono) e/ou fumaça contendo este material, logo pertence ao grupo das Pneumoconioses, sendo a mais importante delas. Esta patologia é caracterizada pela presença de um pigmento negro localizado no tecido pulmonar, e às vezes em linfonodos mediastínicos e traqueobrônquicos.
A Antracose ocorre comumente em cães e gatos que vivem em grandes cidades, em bovinos que vivem próximo a estradas de ferro,