Picles
A água que abastece nossa cidade e chega até nossas torneiras vem de reservatórios de água doce, superficiais ou subterrâneos, chamados de mananciais.
A região metropolitana de São Paulo, por exemplo, é abastecida por diversos mananciais que, por englobarem uma série de cursos d'água e de represas, são chamados de sistemas. Os principais sistemas que abastecem essa região são: sistema Cantareira, sistema Guarapiranga, sistema Billings, sistema Rio Claro, sistema Rio Grande, sistema Alto Tietê, sistema Ribeirão da Estiva e sistema Alto Cotia. A região metropolitana da capital paulista, para se ter uma idéia, utiliza cerca de 6 bilhões de litros diários.
Qualidade de água e saúde
No entanto, a água desses reservatórios não é própria para o consumo humano, ou seja, não é potável. Vários poluentes ou microorganismos patogênicos podem ser encontrados nas águas dos mananciais. O despejo indevido de esgoto, a falta de planejamento da urbanização, o despejo de resíduos industriais e o desmatamento são alguns dos fatores que contribuem para a poluição e a degradação dessas áreas.
A destruição dos mananciais, aliás, acarreta sérios problemas no abastecimento da cidade, que precisa recorrer a fontes de água cada vez mais distantes para suprir sua demanda hídrica.
Assim, antes de chegar até nossas casas, a água dos mananciais percorre uma longa distância e passa por uma série de tratamentos físicos e químicos, para que se torne própria para o consumo. Esses processos são realizados nas Estações de Tratamento de Água (ETA) que, então, redistribuem a água para a cidade.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o processo de tratamento de água é responsável por uma grande melhoria na qualidade de vida da população, reduzindo o índice de mortalidade infantil e a disseminação de doenças como hepatite, cólera e febre tifóide.
No entanto, a associação entre a qualidade de água e a saúde não é uma descoberta recente.