Picadas de cobra
Alguns animais produzem substâncias que atuam como toxinas principalmente para indivíduos de outras espécies. Estas toxinas são produzidas por glândulas especiais, que podem ou não se comunicar com estruturas por onde o veneno passa ativamente. O envenenamento pode ser passivo, ocorrendo por contato, compressão ou ingestão, no caso das larvas de lepidópteros, sapos e baiacus, respectivamente; ou pode ser ativo, quando dentes, ferrões, espinhos ou quelíceras injetam o veneno, como ocorre nas serpentes, aranhas, escorpiões, lacraias, abelhas, vespas, marimbondos, formigas, arraias e niquins. A presença de uma estrutura para a inoculação do veneno caracteriza estes animais como peçonhentos, sendo os causadores do maior número de acidentes, inclusive dos mais graves, que envolvem seres humanos. O interesse por animais peçonhentos foi registrado por diversas civilizações antigas, que trataram de aspectos zoológicos, toxicológicos e terapêuticos, a exemplo dos romanos; ou que tiveram estes animais como objeto de veneração, como os egípcios, que cultuavam escorpiões; e os etruscos e provavelmente os povos pré-colombianos, que considerava mas aranhas sagradas.
Serpentes
As serpentes são animais vertebrados desprovidos de cintura escapular (membros anteriores e sua articulação com o corpo) que pertencem ao grupo dos répteis. São chamadas também de ofídios ou cobras. Possuem o corpo alongado e coberto por escamas. Não possuem ouvidos e têm a língua bifurcada (com extremidade dividida em duas partes), que serve para coletar partículas de odor do ambiente. Mantêm a temperatura do corpo através de fontes de energia provenientes do ambiente. Porém, podem controlar a variação térmica do corpo dentro de um intervalo de poucos graus, através do comportamento. Expõem-se ao sol ou evitam-no para elevar ou diminuir a temperatura do corpo. São registradas 2.930 espécies no mundo, dentre estas, 265 ocorrem no Brasil. Do total