PIB ECONOMIA
Dado do 1º tri foi revisado para recuo de 0,2%, configurando recessão técnica.
Queda nos investimentos teve forte impacto no resultado.
A economia brasileira encolheu 0,6% no segundo trimestre deste ano, na comparação com os três meses anteriores, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O dado do primeiro trimestre de 2014 – que, ao ser divulgado, em maio deste ano, indicava expansão de 0,2% – foi revisado para queda de 0,2%. Com a sequência de dois trimestres seguidos de queda, configura-se um quadro que os economistas chamam de recessão técnica.
A última vez que o Brasil registrou uma recessão técnica foi no último trimestre de 2008 e primeiro de 2009, durante a crise econômica mundial.
Em valores correntes (em reais), o Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre deste ano chegou a R$ 1,27 trilhão. Ele é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, e serve para medir a evolução da economia. Esse cálculo pode ser feito tanto do lado da produção (riquezas) quanto dos gastos (demanda) – os dois valores são iguais.
Os principais impactos no PIB entre abril e junho vieram do recuo nos investimentos (5,3%) e na indústria (1,5%). Para analistas ouvidos pelo G1, a Copa e a crise na indústria foram decisivos para o resultado. "A principal causa foi a queda dos investimentos. Já tem algum tempo que eles estão caindo, mas a queda foi forte nesse trimestre", analisa Rebeca de La Rocque Palis, gerente da Coordenação de Contas Nacionais do IBGE.
Na comparação com igual período do ano passado, a queda do PIB foi de 0,9%. No acumulado em quatro trimestres encerrados no 2º trimestre de 2014, a atividade doméstica ainda registra alta, mas de apenas 1,4%.
Recessão técnica
Ao comentar a situação de recessão técnica, o IBGE entende que houve estabilidade na economia no primeiro trimestre. "A gente considera queda