PIAGET O pai do aprendizado visto como prazeroso e gradual teve como incentivo aos estudos de biologia um melro albino, aos onze anos. Jean Piaget, suíço, foi um biólogo interessado no desenvolvimento do conhecimento nos seres humanos, que teorizou vastamente a observação e o desenvolvimento da inteligência. Sua teoria consolidada é chamada de Epistemologia Genética, que pode ser lida como o estudo dos mecanismos dos progressos do conhecimento. A epistemologia genética postula que o desenvolvimento se dá por etapas, que não é um ponto final inato. É uma teoria interacionista, que prega que o desenvolvimento se dá à medida em que o indivíduo interage com o meio, e a intensidade dessas interações , a complexidade dessas interações são o que farão com que as capacidades cognitivas sejam mais ou menos amplas e coordenadas. O construtivismo ou a psicologia genética de Piaget, surgiu como forma de tentativa de explicação do problema “da origem, da possibilidade, dos limites e da validade do conhecimento.” (SALVADOR, 1999). Como resposta, a psicologia genética se debruçou sobre três princípios para descrever o desenvolvimento humano, segundo Salvador, na teoria genética: O primeiro princípio postula que “a inteligência humana representa uma determinada adaptação biológica.” Ou seja, o organismo alcança equilíbrio com o meio através da inteligência. “ O processo psicológico de conhecimento dos objetos também participa de um “intercâmbio” de adaptação. (SALVADOR, 1999). O segundo princípio diz que o processo do conhecimento é fruto de um caminho de construção. Piaget afirma que os processos cognitivos não são inatos, mas que são elaboradas no decorrer do desenvolvimento. A herança traz uma base de direcionamento e organização sobre a qual serão formuladas as faculdades cognitivas. No terceiro princípio, o conhecimento é “elaborado”, ou seja, não é uma cópia da realidade formulada pelo sujeito: o conhecimento é o resultado de uma interação