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1. O Antigo Império: a literatura sapiencial como institutio oratoria
Literatura sapiencial feita de “ensinamentos” morais e comportamentais, que é comum também a outras culturas do Oriente Próximo, p.ex., Bíblia e literatura dos povos mesopotâmicos. Esta literatura pressupõe a existência de uma verdadeira escola de vida reservada às classes dominantes. Os “ensinamentos” mais antigos remontam ao período arcaico, 3ª dinastia (século XXVII a.C.).
Preceitos morais e comportamentais rigorosamente harmonizados com as estruturas e as conveniências sociais, ou com o modo de viver próprio das castas dominantes. São sempre em forma de conselhos dirigidos do pai para o filho e do mestre escriba para o discípulo e insistem na ininterrupta continuidade da transmissão educativa de geração em geração. A imutabilidade e a autoridade dos adultos são as características fundamentais desta educação.
Os autores destes primeiros ensinamentos, fossem eles príncipes ou escribas-funcionários, constituíram uma tradição, tornando-se os clássicos por excelência da literatura egípcia. Eram os “sábios que prediziam o futuro”, pois, “o que saía de suas bocas se realizava e é considerado como um provérbio”, são os autores de uma literatura que poderíamos chamar profética e sapiencial. Seus ensinamentos são introduzidos através de um título-sumário e encerrados freqüentemente numa moldura narrativa, que, fornecendo-nos a ocasião e as circunstâncias em que aquele ensinamento foi dado, nos testemunha não somente seus conteúdos e objetivos, mas também a relação pedagógica entre o mestre e o discípulo.
Uma relação pedagógica dentro de uma educação mnemônica, repetitiva, baseada na escrita e transmitida autoritariamente do pai para os filhos. Não se vê, porém, se e até que ponto a aprendizagem do